Vale a pena largar os interesses particulares? Suprimir o propósito e razão de existir de uma empresa? Vale a pena a queda de braço entre a liderança em torno de interesses particulares?
Pense em um país sem uma bandeira, um hino e monumentos. Pense nesse país sem suas cores, constituição, sem figuras históricas. Pense nele sem rituais e cerimônias comemorativas.
Pense na revolução francesa sem seus símbolos, bandeira, uniformes. Pense nos confederados da guerra civil americana sem a parafernália visual que carregou e reforçou toda a ideologia separatista.
Pense no movimento americano pelos direitos civis e sua busca pela igualdade racial e fim da discriminação sem as palavras I have a dream. Pense no Green Peace sem o Save the Planet. Nos hippies sem o Peace and Love.
Agora pense em sua empresa. Uma bandeira forte que agrega e direciona as equipes? Ou uma dispersão generalizada por interesses particulares?
O que move sua empresa? Qual a sua bandeira? Quais são seus símbolos?
O fato é, as pessoas desejam pertencer, desejam expressar o que representam, gritar de que lado estão. Desejam se associar, defender causas, levantar bandeiras. Bandeiras ligam pessoas em torno de ideais e diminuem interesses e conflitos individuais.
Por isso a bandeira é um recurso que deve ser gerenciado assim como o financeiro, o comercial, o RH, a área de TI. Gerenciar a bandeira é gerenciar a identidade da empresa.
O antídoto aqui não é o planejamento estratégico, nem as reuniões de meta nem tampouco as pesquisas de mercado, apesar de sua extrema importância. O antídoto é a identidade.
Portanto, sem levantar bandeiras não há empresas, há apenas um bando de pessoas, cada qual com seu interesse.